Founder B2B: como começar no LinkedIn
Um guia prático para te ajudar a endereçar suas objeções, definir sua estratégia e organizar sua rotina para você produzir conteúdos e se posicionar como uma autoridade do seu nicho no LinkedIn.
Rolou um post recente do amigo Luiz Zaka da consagrada newsletter TechDrop falando que “Todo CEO deve criar conteúdo” e minha resposta foi “Se todo CEO deve criar conteúdo eu não sei, mas a minha parte eu to fazendo e posso afirmar: faz a diferença!”.
Já tem um tempo que eu falo publicamente, procuro ser exemplo e incentivo founders próximos à mim:
O LinkedIn é um oceano de oportunidades, pois os tomadores de decisão das principais empresas estão lá. Além disso, apenas 1% das pessoas presentes na rede produzem conteúdo - o que o torna um oceano azul!
Se você é founder de uma empresa B2B e precisa de um empurrãozinho pra começar, vou compartilhar alguns números desde que iniciei essa jornada, pouco mais de 4 meses atrás.
1 milhão de visualizações nas minhas publicações nos primeiros 90 dias;
Saltei de 23k para 30k seguidores;
Gerei mais de 5k leads para a Ramper através dos meus materiais.
Contra dados não há argumentos. A print abaixo demonstra os resultados das minhas publicações na minha primeira “pernada” nessa jornada:
Não quero soar presunçoso abrindo meus números - apenas mostrar que é possível. Sou um CEO tão ocupado quanto tantos(as) outros(as) que vão dizer que não têm tempo ou não têm saco para redes sociais.
E também não tenho a pretensão de convencer ninguém que não simpatiza com a ideia, e sim trazer um caminho para quem já flerta com a iniciativa e precisa de uma ajuda no “como começar”.
Se você atua no B2B, nenhuma outra rede - Youtube, Instagram, Tiktok - vai te proporcionar acessar tão diretamente o seu público sem que você precise expor sua vida pessoal, entrar em polêmicas ou se tornar refém do algoritmo.
Isso porque o objetivo da rede é profissional - o que elimina 90% das objeções que founders B2B têm para não serem mais atuantes em redes sociais.
Uma vez que a atuação está alinhada ao objetivo do negócio, o desafio se torna organizar a rotina para encarar uma jornada de produção de conteúdo. Mas essa é uma variável controlável, certo? Então, se isso se tornar uma prioridade, é questão de executar.
Proficiência para produzir conteúdos
Eu tenho dito que founders B2B são profundos conhecedores de seus negócios: mercado de atuação, dores dos clientes, soluções existentes etc. Mas nem sempre sabem a melhor maneira de colocar isso pra fora, por isso acabam não capitalizando devidamente esse conhecimento por não saberem como produzir conteúdo.
Particularmente, eu tenho essa competência por ter feito carreira em marketing e trabalhado com isso durante toda a minha jornada:
Eu participei ativamente do surgimento do inbound no Brasil e escrevo para blogs desde 2010, tendo sido este o principal canal de geração de negócios e construção de autoridade da minha primeira empresa;
Entre 2016 e 2020, quando estávamos disseminando novos conceitos de vendas B2B, eu rodei o Brasil inteiro mais de 1x ministrando palestras e cursos. Isso me adicionou um repertório ainda maior.
Mas nem todo founder tem esse background, e isso não é necessariamente um problema.
Um exemplo próximo à mim é o César Bertini, que é co-host comigo no podcast Start Ups N’ Downs. Ele é um poço de conhecimento sobre gestão e empreendedorismo, mas não tem o tempo e nem as skills para escrever, então ele contratou uma estrategista de conteúdo que está o ajudando.
O que não dá pra fazer é terceirizar (leia-se: delargar) a produção, pois só vai sair conteúdo enlatado. No caso que eu citei do César, ele criou um formato onde transmite o conhecimento dele e essa especializa adapta o conteúdo para o formato da rede social.
Organização da rotina
Outra coisa que eu incentivo bastante, e procuro ser legítimo, é que um CEO B2B deve ter papéis “da porta pra dentro”, ligados à gestão da empresa, e também “da porta pra fora” para desenvolver mercado e crescer o negócio.
Não, não é simples fazer os dois. Eu levei anos para formar a gestão da Ramper para “cobrir minhas costas” nos momentos que eu estou dedicado à produzir conteúdos e/ou fora da empresa dando palestras. O primeiro passo foi todo mundo entender a importância desse meu papel no crescimento da empresa, e então como eles podem me ajudar nisso.
Eu comentei no meu post anterior, onde eu explico como organizo minha agenda, que dedico 2h/dia à produção de conteúdos e atuação no LinkedIn.
Eu me adaptei a usar a última hora do dia para produzir conteúdos e a primeira hora para publicá-los e também interagir um pouco com a rede. É claro que não limito minha atuação no LinkedIn à esses horários, mas procuro deixar ao menos esses slots de tempo dedicados à isso.
Tenho publicado todos os dias úteis, mas entendo que pode ser um objetivo ousado para quem está começando e ganhando familiaridade. Recomendo postar ao menos 2-3x semana, caso esteja considerando focar nessa estratégia.
O que escrever e onde buscar inspirações
Uma pergunta comum que eu recebo de outras pessoas que desejam embarcar nessa jornada de atuar no LinkedIn é: de onde vem a minha inspiração de assuntos para falar a respeito?
Como adotei a atuação no LinkedIn como uma das minhas prioridades, e sou um pouco bitolado com organização, eu criei um sistema próprio (uso o Notion pra isso) onde eu orquestro toda a produção do meu conteúdo. Pra começar, você pode ter um bloco de anotações simples para ir lançando suas ideias. Acredite, as melhores ideias vêm nos momentos menos prováveis.
Outra coisa que me ajuda é estar constantemente lendo livros, ouvindo podcasts e consumindo conteúdos no próprio LinkedIn. Procuro me inspirar em outros founders/criadores que vejo, mas limito bem o quanto eu deixo me influenciar - afinal, eu quero que os meus conteúdos sejam, de fato, meus.
Pra ir aterrizando este conteúdo, seguem alguns aprendizados da minha vivência pessoal:
Artigos técnicos não emplacam, afinal, o LinkedIn é uma rede social. Embora o objetivo seja profissional, as pessoas não estão dispostas a ler laudas técnicas cheias de termos rebuscados. Buscam coisas mais palatáveis e aplicáveis.
Não compartilhe uma teoria que você leu e pediu pro ChatGPT resumir. Esse formato de post flopa mais do que rojão molhado.
Para escrever de forma envolvente, é importante compartilhar vivências. Os meus melhores posts são os que eu conto como fazemos as coisas na Ramper.
Quando recomendo posts sobre a vivência na empresa, não estou falando sobre conteúdos institucionais, do tipo “estaremos na feira X com um estande - venha tomar um café conosco”. Compartilhe problemas resolvidos, métodos, métricas e afins.
Por fim, compartilhar como fazemos negócios na Ramper agrega para minha estratégia, pois é exatamente isso o que o meu ICP busca: fazer negócios B2B. Pense no que interessa ao seu ICP - esse é o melhor norteador para seus conteúdos. O resto, você ajusta pelo caminho.
Eu aprofundo mais no assunto no vídeo abaixo e, se você gosta do meu conteúdo, te convido a seguir o canal Ramp Up no Youtube.
🚀 Alguns Up’s pra você fixar
O LinkedIn é um mar de oportunidades, pois os tomadores de decisão das empresas estão na rede e apenas 1% das pessoas produzem conteúdos.
Founders B2B têm muito conhecimento para compartilhar, mas têm dificuldade em saber “como” fazer - mas as variáveis são controláveis neste aspecto.
Para a estratégia funcionar, é preciso consistência. Se não entrar como uma prioridade na agenda, vai sempre ficar para um “depois que nunca chega".
Crie um método de trabalho onde você anota suas ideias, planeja suas pautas e reserva tempo para produzir os seus conteúdos.
A forma mais efetiva de atuar no LinkedIn é você pensar no seu ICP, o que faz sentido você escrever para ajudá-lo e como isso está alinhado aos objetivos do seu negócio.
⚡ Conteúdos rápidos da semana
Qual a frequência de atuação de cada camada: estratégico, tático e operacional
Principais métricas de vendas B2B a serem acompanhadas em cada estágio
One-pager com o passo a passo da forma mais validada de se fazer prospecção
Separar o time comercial em diferentes produtos ou unificá-lo?
💥 Destaque da semana
Vou participar de um webinar amanhã (05/12) para falar sobre “Como prospectar leads em 2025” com o pessoal da Oxigenweb.
Vamos falar sobre os principais desafios e estratégias com base nas nossas vivências da Ramper. Para participar, basta se inscrever pelo link da imagem abaixo:
🤘 Outros conteúdos pra você rampar
Poucos empreendedores têm a coragem e a sobriedade que o Lucas Melo teve em compartilhar os desafios da sua jornada pela MindMiners.
Neste episódio do Start Ups N’ Downs, falamos sobre como superar a arrogância inicial que muitos founders apresentam nas primeiras etapas da jornada. Passamos por quais as consequências de não ouvir conselheiros experientes - o que, neste caso, resultou em um layoff -, e falamos sobre um desafio comum: como o empreendedor se torna empresário.
O episódio é temperado pela pegada divertida e honesta do Lucas em abordar os seus desafios. Para ouvi-lo este episódio, escolha entre Youtube ou no Spotify.
👋 Antes de ir…
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Ricardo Corrêa