Minha estratégia creator no LinkedIn revelada
Os bastidores estratégicos do modelo que sustenta o crescimento do meu ecossistema B2B e transforma conteúdo em pipeline.
Possivelmente você já sabe do que vou falar aqui, pois o assunto rodou o LinkedIn e eu mesmo publiquei sobre isso hoje mais cedo:
Dois empreendedores que produzem conteúdos para o LinkedIn fizeram um “exposed” da minha estratégia em um formato parecido nesses últimos dias - basicamente, criaram um diagrama no Miro detalhando como fazemos as coisas na Ramper e os pilares da minha estratégia de founder-led growth.
Longe de achar ruim. Na verdade, analisei os dois materiais e fui positivamente impactado pela qualidade do que foi produzido. Dá pra ver que ambos investiram boas horas estudando a estratégia e preparando o diagrama no Miro.
Também fico grato, pois considero a exposição positiva - fruto de muito trabalho que venho fazendo nesses últimos 18 meses nas minhas redes, especialmente no LinkedIn.
Caso não saiba do que estou falando, as publicações são essas:
Embora os materiais falem por si só, decidi abordá-los a partir das minhas próprias palavras. Dessa forma, se você quer entender a fundo minha estratégia, poderá concatenar a percepção de especialistas de fora com a minha.
Vou focar minha análise na publicação do Francisco (Chico), que teve um impacto bastante alto no LinkedIn (alô Chico, vou querer esses leads da publicação, hein!) - embora o estudo do Thiago tenha ficado muito bom também.
E vou deixar uma dica: já segue os caras no LinkedIn, pois eles têm feito vários estudos nesse calibre. O Chico já havia avaliado a estratégia de empresas como G4 Educação, Adapta, Getdemo e outras.
E você que segue a newsletter Ramp Up, como sempre, fica sabendo na frente de todos e tem acesso ao material completo. Vamos nessa!
Análise global da matriz estratégica
Como já comentei, ao olhar para a matriz no Miro é possível perceber duas coisas: quem fez realmente entende do que está falando e claramente colocou algumas boas horas de estudo para chegar nas conclusões apresentadas.
As informações estão bem segmentadas e foram organizadas em um racional que faz bastante sentido. Começando pelo bloco “Visão geral do ecossistema”, eu teria feito um pouco diferente - por exemplo:
Minha estrutura de marca é: Ramper (marca mãe) e, abaixo dela:
Marcas dos produtos de software: Ramper Prospect, Ramper Marketing e Ramper Pipeline
Ramp Up, que é a marca educadora - canal de YouTube + newsletter + LinkedIn (embora meu LinkedIn não seja exclusivamente dedicado aos assuntos Ramp Up)
Abaixo da marca Ramp Up, temos o Ramp Up Tour - que são os eventos presenciais itinerantes (este ano fizemos 10 edições em diferentes cidades)
Uma iniciativa lançada recentemente e que acabou ficando de fora do material é a Comunidade Ramp Up - feita para empreendedores B2B
Na visão do criador do conteúdo, as três marcas - Ramper, Ramp Up e Ramp Up Tour - aparecem lado a lado, o que até faz sentido para quem observa de fora.
Achei importante fazer essa observação porque construir uma família de marcas é uma dor para muita gente no B2B: marca institucional, produtos, eventos, perfis em redes sociais… tudo junto e misturado 😅
Aqui na Ramper eu sou um pouco mais metódico com isso.
Ainda na “Visão do Ecossistema”, o Chico acertou na mosca nos seguintes itens:
Público-alvo: eu intencionalmente produzo conteúdos pensando em empreendedores B2B e também em líderes das áreas de marketing e vendas
Anti ICP: achei muito perspicaz ele incluir esse item e perceber com precisão que eu me posiciono constantemente contra gurus, bullshiteiros e baba-ovos de gringos
Temas: acertou exatamente nas escolhas listadas ali
Visão sobre geração e captura de demanda
Aqui o Chico acertou na mosca: ele colocou a imagem desse framework, que materializa muito do que eu pratico e aplico na minha estratégia.
Apenas 10% do meu mercado (e do seu também) está pronto para comprar. Isso gera dois ruídos de comunicação:
As empresas B2B fazem comunicações de vendas para 100% dos potenciais clientes, ignorando que 90% não está nesse momento.
Absolutamente todos os fornecedores tentam impactar os mesmos 10%, o que transfere o poder de barganha para o lead - por isso o B2B vira uma guerra de preços.
Os outros 90% que precisam ser educados costumam ser ignorados. Eles passam fora do radar do Google Ads e das mensagens de vendas. A forma de impactar esse público é por meio de conteúdo e educação, construindo uma relação de longo prazo para que, quando (e se) entrarem em momento de compra, eles se lembrem de você.
Uma coisa não anula a outra - é preciso ter estratégia para os dois públicos. Eu faço isso na minha estratégia, e o Chico capturou isso muito bem:
Geração de demanda (90% do público): todas as minhas iniciativas de conteúdo - LinkedIn, newsletter, YouTube e até mesmo os eventos - são focadas em desenvolver e educar o mercado. Raramente você me vê fazendo pitch dos produtos ou usando abordagens excessivamente comerciais.
Captura de demanda (10% do público) : já para a turma que está ativamente buscando o que minha empresa oferece (ex.: alguém pesquisando “software de prospecção” no Google), eu busco me posicionar de forma mais ofensiva. Investimos em mídia paga, fazemos lives com uma pegada mais comercial e executamos prospecção outbound em cima do nosso ICP, preferindo leads com sinais de intenção ao invés dos totalmente frios.
Leitura sobre a estratégia founder-led growh
Essa parte representa cerca de 70% do material, e deu para ver que o Chico realmente foi a fundo para mapear meus canais, formatos e estilos.
Novamente, eu teria feito uma arquitetura hierárquica um pouco diferente da que foi apresentada no material. Em vez de colocar os canais lado a lado, eu organizo assim:
LinkedIn: é onde está minha maior audiência e onde invisto mais tempo. Contudo, a audiência que gero ali ainda está longe de ser totalmente “engajada” - muita gente que me segue não sabe nem o que minha empresa faz.
YouTube, newsletter e podcast: para não depender apenas dos posts de LinkedIn, que geram um engajamento mais raso, invisto na produção de conteúdos longos e profundos. É nesses canais que realmente construo autoridade e proximidade com meu público.
Eventos e comunidade: para aprofundar o relacionamento, tenho os eventos presenciais e também os grupos fechados, onde minha interação com o público é muito mais direta e funciona como uma via de mão dupla.
Mas, olhando de fora, entendo a organização apresentada, dando o mesmo peso para cada canal.
Eu gostei especialmente do mapeamento de alguns dos formatos que mais pratico no LinkedIn:
Publicações em formato “puro texto”, onde conto alguma história pessoal ou abordo um problema de mercado pela minha perspectiva.
Cortes com textos mais rápidos - um formato que comecei a praticar há pouco tempo. O engajamento costuma ser mais baixo, mas me ajuda a manter frequência.
Imagens e ganchos provocativos, normalmente pegando um tema controverso do meu mercado ou simplesmente dando umas porradas nos meus queridos gurus.
Frameworks técnicos - nos quais tenho um preciosismo grande e invisto bastante tempo criando os diagramas para transmitir a ideia de forma bem visual. Eu tenho explorado mais esse formato aqui na newsletter do que no LinkedIn.
Conversão de demanda em pipeline
Muita gente (mesmo) me pergunta se toda essa estratégia de creator gera receita - e posso dizer que, se não gerasse, eu não teria colocado tanta energia nesses últimos 18 meses.
Agora, não dá para se enganar: não é um caminho fácil (dá para ver pela quantidade de conteúdos e canais envolvidos) e nem direto - por isso, raramente (para não dizer “nunca”) você vai ver um conteúdo meu com um pitch de vendas.
Mas a minha finalidade é, sim, vender - e isso eu nunca escondi. Eu não monetizo meus canais e tampouco ganho a vida como influencer. Meu objetivo é vender softwares de marketing e vendas B2B e ajudar empresas B2B a crescerem.
A maneira como conecto minha estratégia de produção de conteúdo ao meu pipeline de vendas é a seguinte:
Lead magnets
Estou sempre gerando valor nas minhas redes, construindo e aquecendo audiência através de conteúdos de qualidade (que poderiam muito bem ser cobrados).
Eventualmente, faço alguns lead magnets a partir do meu perfil - algo que o Chico também mapeou na estratégia e exemplificou. Basicamente, disponibilizo um material rico (ebook, tutorial, ferramenta, acesso a algum ambiente fechado) e peço para a galera comentar para receber.
Importante reforçar que os materiais dos lead magnets não podem ser um “pastel de vento”. Eu realmente invisto tempo criando e foco em algo que sei que pode agregar valor ao meu ICP. E, embora exista aquela questão meio tosca do “comenta ‘eu quero’ para receber”, ela funciona muito bem - centenas de pessoas engajam.
Prospecção inbound e outbound
Eu só publico conteúdos pensados para o meu ICP - e todo mundo que reage às minhas publicações, de alguma maneira, entra no meu campo gravitacional: tento converter em inscrito da newsletter, oferecer lead magnets, convidar para algum evento, e assim vai.
Mas as formas mais efetivas de converter demanda em pipeline são:
Inbound: pessoas que baixam os materiais dos meus lead magnets e estão dentro do ICP são passíveis de prospecção. Normalmente rodamos uma cadência de aquecimento por e-mail e depois fazemos contato (WhatsApp e/ou ligação) com os mais quentes.
Outbound: pessoas dentro do ICP da Ramper que interagem com meus conteúdos mais “fundo de funil” e/ou apresentam sinais de intenção também são passíveis de prospecção pelo time - sempre usando automação, IA e inteligência humana.
Além disso, temos a captura de demanda via Google Ads, que já comentei, e que eventualmente é estimulada por LinkedIn Ads. Vale mencionar que a produção de conteúdo intensifica muito a busca por palavras de intenção - e até mesmo pela marca Ramper -no Google.
Na prospecção, nem sempre acertamos pessoas que estão em momento de compra (lembra dos 10% que falei lá no início?). Nesses casos, não estressamos o contato tentando vender. Preferimos construir um relacionamento de mais longo prazo.
Por isso, é importante termos outras formas de manter o lead engajado conosco - e até outras ofertas que não sejam, necessariamente, assinar um dos nossos produtos. Nesse sentido, os eventos e a comunidade são formas elegantes e produtivas de trazer leads para o nosso ecossistema e mantê-los engajados.
Valeu ao Chico e ao Thiago pelos materiais. Estão de parabéns!
E, se você quiser ver o meu react na íntegra, passando item a item pelo material, sugiro assistir este vídeo:
🚀 Alguns Up’s pra você fixar
A análise externa mostrou como a estratégia de founder-led growth foi mapeada com precisão e como seus pilares podem ser observados de fora.
O ecossistema de marcas, produtos, eventos e comunidade forma uma estrutura integrada, embora muitas vezes pareça simplificada para quem vê de fora.
O crescimento depende de equilibrar geração e captura de demanda, lembrando que apenas 10% do mercado está pronto para comprar.
A estratégia opera em diferentes profundidades: alcance no LinkedIn, autoridade em conteúdos longos e relacionamento via eventos e comunidade.
A conversão acontece com lead magnets fortes e prospecção inbound/outbound guiada por sinais de intenção e nutrição contínua de leads.
⚡ Conteúdos rápidos da semana
Ainda indeciso se prospecta por e-mail, telefone ou WhatsApp?
A prospecção tem N variáveis e você aí fazendo disparos massivos
Saímos da era do tráfego e adentramos a era da audiência no B2B
⏺️ Live sobre plano de crescimento para 2026
Na próxima quarta-feira, 03/12, eu vou abrir uma live para mostrar o meu plano de crescimento para 2026. Vamos abordar:
Ameaças e oportunidades no cenário macro e como lidar com elas de forma estratégica
Uso da IA no B2B, tanto para produtividade quanto para geração de receita e valor
Mudanças nos canais de marketing e intensificação da estratégia de creator
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