
Framework de organização founder-led growth
Documentei o sistema que eu utilizo para organizar os meus canais e a produção de conteúdos da minha estratégia FLG.
Se você acompanha meus conteúdos, sabe que desde meados de 2024, tenho me dedicado a atuar como criador de conteúdo seguindo uma estratégia founder-led growth.
Assumi esse novo papel de creator sem abandonar meu papel já existente como CEO (gestor) da Ramper, o que adiciona uma camada extra de complexidade. Na prática, desempenho dois papéis distintos como CEO:
Da porta pra dentro: gerir a empresa, apoiar as lideranças das áreas, ter a cadência de projetos e resultados… enfim, business as usual.
Da porta pra fora: produzir conteúdos, gravar vídeos, atuar no LinkedIn, ter disponibilidade para dar palestras e construir parcerias. Um papel, literalmente, de creator.
Naturalmente, precisei reorganizar a minha agenda, pois desde o início eu sabia que se fosse produzir conteúdo no “tempo livre”, isso não iria acontecer. Para funcionar, esse papel passou a ser uma das minhas prioridades como fundador da Ramper.
Isso passou por organizar a casa internamente: dar mais autonomia para a gestão das áreas cuidar do “as-is” da empresa, limitar a quantidade de compromissos gerenciais que eu preciso e escolher melhor os problemas da empresa que eu preciso entrar. Para ser sincero, foram anos construindo essa estrutura.
E mesmo com uma estrutura interna que me dá suporte para que eu consiga atuar como um creator, organização é chave para esse trabalho funcionar. Isso porque, como todo gestor de negócios, se eu quisesse, conseguiria facilmente trabalhar 15 horas por dia apenas resolvendo questões de curto prazo..
É justamente sobre essa organização - não necessariamente de agenda, até porque eu já falei sobre isso neste conteúdo - que eu trato nesta edição da newsletter Ramp Up.
Vou abrir o capô do meu sistema de organização que faz funcionar meu perfil de LinkedIn, canal de Youtube, newsletter (esta), eventos, lives e materiais. Vale dizer que a ferramenta que eu uso - e que vai aparecer em algumas prints - é o Notion.
Visão estratégica
Na Ramper, temos o hábito de sempre começar pelo porquê (inspiração do Simon Sinek). Em especial, em um projeto como esse que consome um recurso caro da empresa (tempo do founder) e precisa do buy-in do conselho, gestão e time da empresa.
Porque eu faço isso
Meu principal objetivo é construir autoridade e credibilidade para mim, enquanto fundador, e, construir audiência para a minha empresa, a Ramper. Dentre tantas estratégias possíveis, a mais aderente para uma empresa B2B como a minha foi a founder-led growth.
Como
Sem muita ciência de foguete, eu sigo um funil baseado em:
Construir audiência: uso o LinkedIn para isso, pois é a rede onde eu tenho mais seguidores e que mais entrega meus conteúdos. Contudo, o LinkedIn não é uma rede que gera tanto engajamento com a audiência, por isso preciso avançar o funil.
Engajar a audiência: utilizo conteúdos mais longos e profundos, como vídeos no Youtube e artigos em newsletter para que meus seguidores aprofundem nos meus conhecimentos e passem mais tempo comigo.
Converter a audiência: a forma como eu transformo “seguidores em leads” - que é o que paga a conta no final do dia - é através de lives, eventos e lead magnets (materiais que divulgo nos meus perfis).
Eu detalho bem esse funil FLG neste conteúdo.
Um ponto importante: os conteúdos mais profundos - Youtube, newsletter e eventos - estão debaixo do branding Ramp Up, que é uma marca educadora que eu criei para me posicionar no B2B e criar um conceito de comunidade.
O que
Os assuntos que eu falo são os que eu tenho especialização e conhecimento de causa:
Marketing, vendas e outros assuntos que orbitam crescimento de empresas B2B
Faço um pouco de “build in public” das coisas da Ramper e na minha jornada de founder
Fundamental também eu entender “para quem” eu produzo esses conteúdos. Naturalmente, penso sempre no meu ICP, que são empreendedores B2B e lideranças das áreas de marketing e vendas.
Organização dos conteúdos e canais
No início da minha estratégia, eu mapeei quais canais fariam sentido eu atuar e os principais critérios de escolha foram:
Onde meu ICP consome conteúdos
Me sinto a vontade de atuar (sem expor minha privacidade)
São canais que consigo ser competitivo no médio prazo
A seguir, vou desdobrar um pouco como organizo cada um desses canais:
O LinkedIn é o motor da minha estratégia founder-led growth. Eu publico na rede todos os dias úteis e procuro interagir com comentários, tanto das minhas publicações, quanto em outras que me interessam.
Para organizar esses conteúdos, eu trabalho com uma visão de agenda onde facilmente eu consigo ver a minha programação. E tenho o hábito de lançar novas ideias no backlog para garantir que sempre tenho pautas futuras.
Uma dica valiosa para manter a consistência é estar constantemente consumindo conteúdos - não apenas do LinkedIn - e pensando os diferentes formatos de publicação que podem ser explorados.
Youtube
O Youtube é o meu canal menos expressivo hoje, mas a minha maior aposta de longo prazo. Os resultados que eu gero hoje são praticamente irrelevantes na estratégia da Ramper como um todo, mas eu sempre penso no ativo que estou construindo: quero ter o principal canal B2B em 2 anos.
Por conta desse objetivo ousado, independente do resultado de hoje, eu publico todas as quartas feiras há quase um ano um vídeo com 15-20 minutos de conteúdo.
Ainda peco na organização do canal. Muitas vezes, deixo pra gravar em cima da hora, o que me leva a escolher um assunto sem muito planejamento e gravar com um roteiro tosco. Mas é algo que já estou mudando.
Costumo gravar dois episódios por vez para aproveitar a montagem do “estúdio” que fazemos aqui no escritório e, na medida do possível, ter sempre uns 2 episódios já gravados na gaveta.
Newsletter
O canal que eu comecei com menos expectativas e que mais me surpreendeu positivamente! Até aqui, me pareceu um canal bem aderente com a minha audiência e também com a minha rotina. Não à toa, em menos de 1 ano, são mais de 20.000 inscritos na newsletter Ramp Up!
Escrever semanalmente para a newsletter tem sido uma rotina prazerosa, pois é uma oportunidade de entrar a fundo em assuntos que eu realmente gosto. Desde que comecei com a newsletter, passei a ler ainda mais, em especial outras news que me inspiram.
Em termos de organização, eu ainda me atrapalho um pouco para produzir cada edição. Levo, em média, 5 horas para escrever cada edição, e é realmente difícil encontrar blocos de tempo desse tamanho na minha agenda. Não é difícil que eu fique até tarde escrevendo na véspera. Mas já estou encontrando formas de alavancar essa minha produção.
Materiais ricos
Muita gente me pergunta se essa estratégia realmente gera conversões. Eu acredito que se ficar só no LinkedIn publicando conteúdos em busca de engajamento, a estratégia não leva a lugar algum. Mas eu sempre deixei claro que eu entrei nesse jogo para vender e crescer.
É um desafio constante pra mim encontrar formas de converter parte da audiência que me acompanha em leads que vão para o meu funil comercial. Mas, modéstia à parte, geração de leads sempre foi minha especialização e eu soube bem como destravar esse gargalo.
Buscamos soltar ao menos 1 material rico por mês - entre “Ramp Up Books” temáticos e tutoriais onde eu apresento algum processo meu -, além de fazer 1 live por mês com pessoas da Ramper e/ou parceiros de mercado.
Cada ação dessa gera, em média, 1k inbound leads pra nós. Naturalmente, esses leads precisam ser trabalhados antes de se tornarem oportunidades de vendas. Novamente, isso não é uma grande dificuldade quando se trata da Ramper.
Eventos
Agora vou falar do projeto que é o meu xodó, que é o Ramp Up Tour. Certamente, o maior ofensor da minha agenda, pois envolve viagens, eventos que tomam 1 dia inteiro e muito preparatório.
E sim, eu me envolvo bastante nos detalhes: seleção dos palestrantes, alinhamento do conteúdo, estratégia de venda de ingressos e patrocínios, experiência dos participantes etc.
Mas ainda que eu esteja envolvido, preciso dar o mérito aqui para a Verônica Antunes, que é a head de marketing da Ramper e a capitã desse projeto. Ela é quem alinha todos os astros para que cada edição do Ramp Up Tour seja um show a parte.
Em 2025, faremos 10 edições do Ramp Up Tour, sendo 5 edições em São Paulo e 5 em outras capitais - BH, Floripa, Rio, Goiânia e Curitiba.
Por serem eventos presenciais, existe toda uma complexidade logística envolvida, mas a estratégia paga dividendos. Além de eu converter parte da minha audiência em pagantes (venda de ingresso), os eventos são uma excelente estratégia de conversão de novos clientes e para estreitar relacionamento com clientes e parceiros da base.
Análise e melhoria contínua
Para fechar o sistema de organização da minha estratégia founder-led growth, vale eu comentar como eu analiso o meu progresso e calibro minhas decisões de quais conteúdos produzir, quais canais intensificar etc.
Toda segunda-feira de manhã eu dou um confere nos analytics de cada um dos meus canais, e vou no nível de detalhe: olho o número de seguidores, impressões, curtidas, comentários etc de cada canal e de cada conteúdo.
Não vou entrar tão no detalhe de como eu faço essas análises, pois o conteúdo já está bem extenso e este seria um a parte. Inclusive, quem sabe eu faça um conteúdo dedicado a fazer sobre como fazer análises de canais e conteúdos, quais métricas olhar etc. no futuro.
Eu gravei um vídeo demonstrando esse meu painel de controle no Notion, publiquei no meu canal de Youtube e recomendo fortemente que você assista, caso queria aprofundar.
🚀 Alguns Up’s pra você fixar
Dê protagonismo ao fundador na geração de demanda: a estratégia de founder-led growth aumenta autoridade, confiança e acelera resultados em B2B.
Estruture um funil de conteúdo claro: crie conteúdo para atrair, engajar e converter — cada etapa exige formatos e canais diferentes.
Organize a rotina do founder como creator: bloqueie tempo na agenda, delegue mais e trate a criação de conteúdo como atividade estratégica.
Use ferramentas para planejamento e execução: centralize ideias e pautas em plataformas como Notion para manter consistência e qualidade.
Aposte em formatos que gerem proximidade e escala: lives, newsletters e eventos presenciais ajudam a construir comunidade e gerar leads.
⚡ Conteúdos rápidos da semana
💥 Ramp Up Tour - próxima parada: Florianópolis
A próxima edição do Ramp Up Tour é em Floripa, dia 22 de maio.
Bora passar um dia inteiro comigo e com outros especialistas B2B para uma imersão em conteúdos, mentorias e conexões que vão levar o seu negócio para o próximo nível.
Para mais informações, é só acessar o link na imagem abaixo. E se quiser um desconto camarada, me chama direto no LinkedIn (DM) ou responde o e-mail da newsletter!
🤘 Outros conteúdos pra você rampar
E falando em founder-led growth, o Start Ups N’ Downs dessa semana é com um cara que é referência no assunto e me ajudou a construir a v1 do meu framework.
Todo mundo conhece o Bruno Okamoto como o cara do MicroSaaS, mas existe toda uma jornada de empreendedorismo que o trouxe até aqui. E, como eu brinquei no episódio, ele gabaritou os downs que um empreendedor pode comentar 😂
Neste episódio do Start Ups N’ Downs, o Bruno conta sua jornada com a EuNerd que passou por muitos Ups N’ Downs, até chegar onde ele está hoje: uma referência em MicroSaaS no Brasil, dono da maior comunidade sobre o assunto e com alguns cases que você vai precisar ouvir o episódio para conhecer. Para ouvi-lo, acesse no Youtube ou no Spotify.
👋 Antes de ir…
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Ricardo Corrêa